1.1.16

Querido 2015

Chegaste como todos os outros anos de forma inevitável perante o meu nariz semi torcido de falta de interesse, mas rapidamente te revelaste um Sr. Ano cheio de aventuras e surpresas.

Fizeste-me correr 500km - a mim, eternal hater de todo o exercício físico superior a uma caminhada no centro comercial - e 21 deles foram de um só fôlego. Continuaste a ver-me capaz de fazer 10 flexões, ainda que as últimas 4 sejam em modo 'acabei de dar sangue e não comi as bolachas que a enfermeira deu'.

Levaste-me ao meu destino de sonho desde que me lembro de ser capaz de mudar o canal de tv sozinha e permitiste-me vislumbrar bem de perto (aquele eu acredito piamente que era) o Francis Ford Coppola.

Trouxeste mais um bebé ao mundo, contribuindo para a minha habituação educativa a pequenos seres incapazes de praticar atividades, mas mestres em absorver toda a atenção de uma sala.

Estiveste comigo na sempre aventura que é renovar o cartão do cidadão sem poder estar de óculos no momento em que tiro a foto, pestanejando cegamente para a mancha cinzenta que imagino ser a câmara, e viste-me sair de lá com o sorriso orgulhoso de quem acabou de tirar um retrato apenas medianamente presidiário.

E, naturalmente, lembraste-me de que por mais franjas que pense em fazer, nunca alguma chegará ao nível dos melhores cabeludos do mundo:



Estiveste muito bem, 2015 (9 em 10, se estivessemos no dear cinema).
2016, porta-te e tráz-me os meus 30 recheados e bem embrulhados que eu adoro abrir presentes. 


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